Mito 9: A terapia é um processo interminável

Por vezes as pessoas hesitam em iniciar uma terapia por terem receio de que esta se transforme num processo interminável, "um sítio onde se entra e donde nunca mais se sai". Na verdade, a duração da terapia vai depender muito dos objetivos da pessoa. Compreensivelmente, objetivos mais "modestos" correspondem a processos mais curtos, e objetivos mais "ambiciosos" a processos mais longos. Outro aspeto com impacto na duração da terapia é o modelo teórico utilizado pelo terapeuta. Existem modelos teóricos que se traduzem habitualmente em processos mais curtos, e outros que se traduzem habitualmente em processos mais longos. Os modelos que utilizo- cognitivo-comportamental e sistémico - traduzem-se, geralmente, em processos relativamente curtos.

A duração da terapia é muito variável, e depende tanto dos objetivos da pessoa como do modelo teórico utilizado pelo terapeuta. Contudo, existe um aspeto comum a todas as "boas" terapias: a promoção da autonomia da pessoa. O objetivo é o de a ajudar a ser o seu próprio terapeuta. O último sinal de sucesso de uma terapia é o momento em que esta termina, por se ter tornado desnecessária.